Vinho

Quinta Nova e Taboadella

Vinho e Cortiça: dois mundos perfeitos

A paixão secular do Grupo Amorim pela cortiça apenas poderia conduzir a um mesmo arrebatamento pelo vinho. Tanto pelo entusiasmo que a Família Amorim sempre colocou em todos os seus projetos, quanto pela ligação ancestral entre estes dois singulares produtos da Natureza.

Juntar estes dois mundos perfeitos tornou-se, assim, inevitável no decurso da história do Grupo Amorim, e em 1999 a família decide entrar no negócio do vinho do Porto e na região do Douro, com a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, uma das mais carismáticas propriedades vitivinícolas do Douro. A segunda aquisição concretizou-se com a Quinta de São Cibrão em 2001, no Douro Superior, e depois de 19 anos de experiência, em 2018, decidem investir na clássica região do Dão, a Quinta da Taboadella,

Cabe a Luisa Amorim a gestão do negócio de vinho, sempre com um profundo respeito pela herança histórica e pela reputação destas duas grandes quintas com terroirs de excelência, em regiões vitivinícolas clássicas portuguesas onde apenas se cultivam castas autóctones. Num total de 125ha de vinha, onde a aliança entre os processos tradicionais e a sofisticada tecnologia são a génese para a criação de Grandes Vinhos, em locais exclusivos de enoturismo rodeados por paisagens de cortar a respiração.

Quinta Nova e Taboadella
Vinhos de excelência, enoturismo de superior qualidade e paisagens de cortar a respiração em dois lugares exclusivos.

Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo
Vinhos da nossa terra que respeitam o presente para preservar o futuro

Sublimemente enquadrada na paisagem património mundial da UNESCO, a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo foi a primeira propriedade com plantação monovarietal do Douro durante a década de 70, e detém uma história bi-centenária que se estende por 120 hectares de terra ao longo de 1,5 quilómetros pela margem direita do rio Douro. 

Referenciada desde a primeira demarcação pombalina em 1756, foi propriedade da Casa Real Portuguesa até 1725, e tornou-se uma “quinta nova” pela junção de duas quintas numa só. Por aqui viveram famílias portuguesas durante os séculos XVIII e XIX em diferentes épocas da viticultura e agricultura do Douro, mas é em 1764 que se ergue a tradicional adega numa das colinas da quinta. No ano seguinte construíram-se os edifícios do casario e a capela da casa, onde ainda hoje se elaboram os vinhos de acordo com os métodos tradicionais, e em 2005 fomos os primeiros em Portugal a abrir um pequeno hotel do vinho com 11 quartos, hoje uma Winery House Relais et Chateaux, recebendo hóspedes de todo o mundo.

Tal toque de generosidade, compaixão e nobreza em relação à intemporal herança duriense tem um dos expoentes máximos num dos segredos melhor guardados do Douro, que é a sua gastronomia no restaurante Terraçu´s – sob a batuta do jovem chef André Carvalho, reescrevendo a paisagem culinária do Vale do Douro com vista para os terraços de vinha centenária a olhar o rio Douro. Por último, um wine tour, um passeio pela vinha, provas únicas de vinhos e uma visita ao Wine Museum Center Fernanda Ramos Amorim, que reúne um espólio único representativo do ciclo produtivo do Vinho do Porto, são experiências obrigatórias no Vale do Douro.

A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo tem uma mancha única de 85 hectares de vinha, com uma idade média de 45 anos, e atualmente são plantadas cerca de 3500 plantas por hectare. Das cerca de 80 espécies indígenas existentes na propriedade do encepamento original da vinha centenária foram nascendo novas estacas e novos talhões de vinha, perfazendo atualmente 41 parcelas distintas em função do seu microterroir. Liderado por Ana Mota na viticultura, o património genético plantado nestes solos de xisto grauváquico, exprime o caráter único desta vinha plantada em encostas muito íngremes que atingem os 45% de declive.

Existem duas parcelas de vinha centenária em socalcos na Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo: uma de 2,5 hectares e outra com 4,5 hectares. Ambas localizadas a 150 metros de altitude com uma exposição solar a sul poente e preservadas em muros de xisto com 2,5 metros de altura. Com mais de 100 anos, este património genético com cerca de 80 castas tintas e brancas assegura a replantação em field blend de 6000 plantas por hectare.

Todas estas plantas provêm de videiras plantadas após a filoxera e que resistem até aos nossos dias com o objetivo de criar vinhos de elevado carácter. É assim, neste sistema complexo, que as plantas competem entre si e aumentam o seu nível de concentração. Apesar de uma produção muita baixa, cuidamos destas parcelas de forma tradicional e ainda mobilizamos o solo com charrua e cavalo. Aplicamos apenas adubação natural com recurso à descava, uma opção que visa preservar a história e a tradição do Douro, uma cultura presente na criação dos grandes vinhos do Mundo.

Os vinhos da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, Colheita, Terroir Blend e Grande Reserva, bem como os Vinhos do Porto, falam da sua terra. Os vinhos Pomares e Graínha são vinhos mais gastronómicos, e o Mirabilis e o Aeternus são vinhos raros, sublimes e extraordinários. A identidade única e a personalidade de cada vindima são preservadas quer pela seleção natural ao longo dos tempos e pela generosidade da natureza, quer pela tradição, adaptação tecnológica e sabedoria humana que se conjugam no trabalho enológico de Jorge Alves e Sónia Pereira. Uma equipa experiente que garante um profundo respeito pela herança histórica do vale do Douro e pela reputação de uma grande casa, mantendo-se o perfil dos vinhos ano após ano.

Numa vontade indómita de salvaguardar as tradições do Douro, ainda hoje mantemos inúmeros recantos históricos, sempre honrando o legado secular das espécies autóctones. Um terço da terra é conservado em estado virgem, com pequenos nichos de mato mediterrânico, fornecendo um refúgio benéfico a toda a fauna auxiliar perto da vinha. Ao mesmo tempo, são conservados os muros de xisto nos terraços da vinha para diminuir a erosão do solo, mantendo a densidade de plantação das vinhas centenárias,sabiamente cuidados como os três pomares de fruta, o marco pombalino datado de 1758, a azenha onde era produzido o azeite e a pequena capela de Nossa Senhora do Carmo do século XVII, construída na margem do rio Douro, devendo o seu nome à devoção dos mareantes dos barcos rabelos.

Taboadella
A alma romana de uma mancha única de vinha no Dão

A Taboadella é o mais recente projeto vitivinícola da família Amorim no Dão. A ocupação da Taboadella remonta ao século I, e uma pesquisa histórica realizada com base em registos que datam de 1255 concluiu que na época medieval o lugar herda uma Villae Romana. Naquela época uma propriedade da classe rural alta, com um enquadramento único junto à Ribeira das Fontainhas, funcionando como um dos pilares de sustentação do Império Romano, cuja estratégia de ocupação incluía a plantação da vinha nas terras conquistadas do interior como forma de demarcação territorial e cultural.

Situada em Silvã de Cima, no coração da Região Demarcada do Dão, a propriedade é constituída por uma mancha única de 40 hectares de vinha, entre o Vale do Pereiro e o Vale do Sequeiro, caraterizada por um planalto triangular desenvolvido entre as cotas de 530 a 400 metros. O maciço montanhoso protege a vinha da massa de ar marítimo do Atlântico e dos ventos agrestes de Espanha, resultando, aparentemente, num clima de transição temperado entre o marítimo e o continental.

À semelhança de outros terroirs de grandes regiões vitivinícolas no Mundo, a Taboadella beneficia de uma enorme interação entre o subsolo granítico e a sua topografia, com elementos grosseiros associados à inclinação das encostas que permitem uma drenagem e escoamento rápidos e em profundidade, e um “enxugo” eficaz dos solos das águas trazidas pelas chuvas (15-20 mm) nos meses de julho, agosto e setembro, mesmo antes da vindima, não tendo grande influência na qualidade da produção.

Com condições edafoclimáticas de exceção, na Taboadella existem quase sempre duas épocas de geada: uma deriva do equinócio de outono que regista uma quebra acentuada de temperatura a seguir à vindima; e outra, geralmente antes da primavera, com chuvas precoces e geadas, e por isso guarda-se a poda para depois da geada, normalmente em março, atrasando assim um pouco o ciclo vegetativo da planta. Entre o final de setembro e a primeira quinzena de outubro, as uvas são inteiramente colhidas à mão, e a vindima é sempre “à la carte”, de acordo com a maturação de cada variedade de uva em cada parcela.

A alma da Taboadella, essa, encontra-se na diversidade das castas antigas, Jaen, Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Pinheira, que sempre geraram novas estacas. Contribuindo, assim, para o encepamento original proveniente de videiras muito resistentes ao lugar. Parcialmente replantadas em 1980, perfazendo uma idade média atual de 30 anos, algumas videiras atingem um século de idade. Beneficiando de uma interação quase perfeita dos parâmetros topografia, exposição e altitude, a vinha tradicional da Taboadella quase dispensa a água, assentando num sistema bastante sustentável de viticultura de sequeiro. Perpetuando a qualidade primitiva das 25 parcelas em modo de produção integrada.

O resultado são vinhos de perfil clássico, grande complexidade e profunda longevidade. Caraterísticas acentuadas pelas lentas maturações que conferem adaptabilidade, identidade, afinidade, elegância, caráter e fluidez. Também frescura, equilíbrio, textura, aroma e cor. Vinhos de lote, todos sem exceção filhos de castas autóctones, que nascem de uma simbiose com forte ligação à Natureza. Resgatando na ancestralidade, na individualidade e na tipicidade a tríade que projetará os vinhos do futuro do Dão, a primeira região portuguesa demarcada para os vinhos não licorosos.

Igualmente respeitando os princípios da sustentabilidade, mas ao mesmo tempo incorporando tecnologia, inovação e ciência, surge a adega de última geração erguida pela família Amorim na Taboadella. Projetado pelo arquiteto Carlos Castanheira, e superiormente enquadrado na paisagem de floresta, junto à Ribeira das Fontaínhas, o funcional edifício usa materiais naturais como são exemplo a cortiça e a madeira. Ambas as ecológicas matérias-primas velam pela economia de energia, pelo gerenciamento de águas residuais, pela triagem de resíduos sólidos, pelo isolamento acústico e pelo conforto térmico. As duas naves, com uma capacidade de vinificação atual de 290.000 litros por vindima, foram ainda concebidas para manter uma harmonia perfeita entre luz e sombra. Um cenário de bem-estar, sossego, quietude, segurança e tranquilidade facilmente percetível quando atravessamos o Barrel Top Walk. Um passadiço em madeira construído em altura sobre a sala das barricas, espaço com uma capacidade para 500 barricas.

A Taboadella é uma das quintas mais impressionantes do Dão. O seu enquadramento único é o cenário perfeito para uma visita ao enoturismo que transportará os visitantes pela história desta Quinta ligada ao vinho desde a época Romana. Um lagar construído no penedo monolítico de natureza rupestre, um dos mais antigos vestígios de vinificação no Dão, contrasta com a adega de arquitetura contemporânea, de cuja varanda se avista uma enorme mancha de vinha única rodeada por uma imensa floresta e a Casa desta antiga villae.

Num enquadramento romântico junto ao jardim da casa de família e ao pequeno lago, encontramos a Wine House, que nasceu da reconstrução do antigo celeiro da propriedade, o local certo quer para fazer uma prova de vinhos acompanhada por uma tábua dos melhores queijos da Serra da Estrela, quer para comprar os melhores vinhos. Aberta apenas num regime bem exclusivo, será a experiência de pernoitar na Casa Villae 1255. Na verdade, a casa ancestral foi convertida num alojamento privado que permite vivenciar uma verdadeira casa acolhedora de família do Dão, mas com um toque de modernidade. Vistas majestosas, comodidades plenas e repouso absoluto. Provas de lotes na adega, provas cegas, wine tours, e workshops de produção local, entre outras artes tradicionais, tornam esta visita obrigatória.

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